Palavras a inspirar a ação: Aprender velejar um Dingue, é uma jornada que traz várias recompensas. O contato sereno com a água proporciona calma, enquanto a atenção constante ao vento oferece uma maneira única de reduzir a ansiedade. Além disso, a parceria entre proeiro e timoneiro cria laços de amizade, fomenta o trabalho em equipe e assegura uma sensação de segurança, garantindo que haja apoio mútuo quando necessário.
André Togawa

Navegação em dupla como na imagem usando o Dingue oferece a oportunidade do trabalho compartilhado e proeiro compensando o equilíbrio e ajudando o timoneiro na regulagem da (unica) vela do barco. Ajustando o burro conforme a demanda do vento e a posição da retranca. Tensionando ou relaxando o cabo da esteira (a vela esta associada ao horizontal da retranca). Da mesma forma o proeiro regula a tensão da testa (a vela está associada ao vertical do mastro).

Segue texto de Debora Medeiros, Diretora da Escola de Vela Brasilia (CAer)A seguir a Escola de Vela Brasília (CAer).

O Dingue é uma embarcação para passeio e esporte, com capacidade para 2 pessoas, o timoneiro – responsável pela condução do Leme, e o proeiro – responsável pelos cabos e bolina. O Dingue é uma embarcação que exige do velejador conhecimento do vento e dar manobrar básicas de navegação. É uma embarcação simples e ao mesmo tempo técnica. A embarcação é composta pela proa, bordos de bombordo e boreste, e a popa. O casco compreende o cockpit, caixa de bolina e Enora. Além dessas estruturas ainda há um mastro, retranca, Leme e a bolina. Todas essas estruturas compõem os requisitos necessários à montagem do Dingue e são responsáveis pela navegabilidade e estabilidade da embarcação. A bolina é responsável pelo equilíbrio, oferecendo resistência na água em direção oposta à força do vento na vela. Ela também é a responsável pelo rumo avante da embarcação. Sem ela o barco derivaria para o lado. O leme é responsável pelo rumo correto da embarcação, oferecendo resistência na água. A condução do Leme é oposta ao lado para onde o leme é empurrado ou puxado. É importante estar atento a esse movimento para a condução correta da embarcação. Chama-se orçar o movimento que se faz em direção ao vento, e arribar o movimento na direção oposta ao vento. Quanto mais o barco estiver orçado, mais em Contravento o barco se coloca, e quanto mais arribado, mais em posição de popa ele se coloca. O vento de Contravento é o vento que entra pela bochecha do barco ou pela proa. Já o vento que entra pela traseira do barco é o vento de popa ou de alheta. O vento de través é o vento que entra pelo bordo do barco. Entender as condições do vento é necessário para realizar uma boa condução da embarcação, ajustando a retranca e o leme conjuntamente.