Aqui o protótipo em sua versão beta da aplicação do conceito (CFAV) Complementação como Foco de Adição de Valor

Um espaço para promover parcerias. De indústrias q queiram se aproximar seu processo produtivo do produtor rural e indivíduos, de espírito empreendedor, q queiram descobrir novas oportunidades na extração do látex.

Existem relatos interessantes sobre como Goiás realiza e constrói em matéria de produção de Latex e este do Sebrae é um dos bons https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/GO/Sebrae%20de%20A%20a%20Z/SERINGAIS.pdf

Esta iniciativa é fruto de uma conversa aprazível com um fazendeiro que gosta de inovação e faz algo como uma década, à época que decidiu formar sua família, resolveu acrescentar à sua fazenda uma plantação de seringueiras… e comprou mudas… e fez o projeto de plantio e irrigação inicial dessas mudas… e as plantou… e uma década depois as seringueiras ficaram aptas para serem sangradas e começou a produção… a partir das 7. Sabendo que o horário ideal para iniciar seria no frescor das 4 da manhã. Ai pensou que o ideal seria ter parceiros retirando o látex e não empregados com horário fixo.

Mas achar parceiros à altura de um empreendimento que requer destreza, experiência e dedicação não é tarefa fácil. Certamente contar com parceiros, que tal como ele queiram correr o risco de não poder sangrar as árvores  na chuva, e que por outra não deixasse passar o momento de sol pleno para fazer as árvores produzir e enfrentar o horário da madrugada diferentemente de grande maioria que acorda mais tarde.

Mas as os desafios do ambiente não se limitam às madrugadas ou as chuvas. Pois hoje existem desafios ainda maiores, como sabemos “a pandemia” que ataca principalmente nos grandes centros urbanos e fazem com que fábricas de pneus parem de produzir o que encalha o latex recolhido das seringueiras o que não só interrompe o fluxo de entrada de recursos financeiros como que ainda obriga a proteger o estoque coletado do sol e outros inconvenientes, para dispor do produto no momento em que as fábricas decidirem novamente produzir.

Dizem que a necessidade é a mãe da invenção, logo as dificuldades do presente pressionaram um pensar diferente. Há se tivesse um parceiro industrial a transformar o látex líquido extraído na fazenda e ainda fizesse isso aproveitando o espaço farto existente na fazenda (que agora já conta com gerador de energia e internet). Reduzindo assim os custos de produção na cidade e os tempos de manuseio e logística do produto, eliminado etapas que não adicionam valor à cadeia de suprimento. Permitindo assim uma logística mais leve que movimente não mais o produto em bruto e sim o transformado e pronto para uso pelo consumidor final.

Aliás pensando prioritariamente no ser humano, a quem em última análise este processo todo deve servir. A disponibilidade, de água tratada, abundante em fazendas como a desta história. Constitui um privilégio num país onde 35 milhões de seus habitantes não tem acesso a água tratada. E 48% do total da população não mora em lugares com coleta de esgoto. Com certeza em tempos de pandemia essas carências se tornam mais gritantes. Julgo que divulgar a disponibilidade de oportunidades de adição de valor por complementação se torna não apenas um empreendimento rentável mais uma necessidade de justiça.

Agora é bom lembrar que JC levou todos 7 dias para criar o mundo do zero. Logo uma iniciativa desta magnitude certamente não vai operar sem gente competente tomando conta do que é estratégico para dar certo. E aqui se trata de saber distinguir o joio do trigo. E para isso técnicos experientes e qualificados para fazer essa seleção em seus vários níveis e face suas várias naturezas. Indo do pessoal cuja contribuição como parceiro é sua própria habilidade de sangrar o látex até aqueles que são industriais se trata de uma atividade a exigir grande qualificação. E ainda pelo fato que as avaliações face os potenciais parceiros e depois os parceiros durante o período de experiência e ainda a continuidade das avaliações dos parceiros mesmo que com mais intensidade na interação com a organização sede.

Alias a navegação da hidrovia Araguaia-Tocantins e a disponibilidade do Porto de Belém são uma condição bem interessante que de alguma forma estimula a escolha do nome do projeto LATEXARAGUAIA … http://hidroviaveis.com.br/hidrovia/hidrovia-do-tocantins-araguaia/

Iniciativas para conhecer quem faz o que gostaríamos de fazer, ou seja processa o latex no pé da seringueira e o transforma em latex de valor em latex líquido.

Correspondência em 24 de julho ao Sr. Francisco Cal do Latex Jasmim….

O Eng. Verano Heron Jr, de S. J. do Rio Preto nos mostrou o caminho das pedras até Ipigua. A ele agradeço.

Meu genro o Eng. Sergio Gomide proprietário da fazenda Santa Cruz, em Nova Crixas, GO explora seringueiras plantadas fazem 10 anos e já estão produzindo.

Desde 2018 comecei a me interessar pelo latex líquido em contraste com o coágulo consumido pela indústria de pneus. Na ocasião Danilo Silva, gerente de área, na Lemgruber me informou que eles naquele então processavam 600 toneladas mensais de latex DRC 60% com alto índice de amônia, sem corantes e cheiro doce, não putrefato. Podendo adquirir até 40 toneladas mensais para o que precisariam testar uma amostra de 5 litros do produto.

Sabemos também que a fabrica de Xapuri entrega grandes volumes preservativos ao M. da Saúde à partir de latex nativo.

Não faz muito criamos um site que busca agregar produtores da região de Araguaia, GO, interessados em melhorar seu desempenho econômico da seringueira.

http://www.latexaraguaia.com

Trabalho com inovação na UnB onde venho lecionando desde 1994, sou economista e entusiasta pelo potencial estratégico do latex para o Brasil. E sua potencial de geração de negócios ao redor dos centros que processam o latex líquido. Tendo batido bons papos com o professor do Dpto de química, Floriano Pastore sobre o latex e seu valor humano-econômico para o Brasil, aprendendo um pouco, do muito que ele conhece, sobre o tema com ele.

No momento estou em tratativas para desenhar um modelo de negócio que favoreça a adoção do latex líquido pelo produtor da seringueira, diminuindo as distâncias logísticas entre o seringal e o processo de centrifugação.

A intenção visa adicionar maior valor ao produtor, sem prejuízo para os demais participantes da cadeia de suprimento. Além de refinar o foco no tipo de latex que desejamos como produto da exploração da seringueira, ou seja aquele que permite seu uso em produtos de maior valor e sofisticação no mercado.

Diga-se de passagem que produtos como o Latex Centrifugado da DuMello e a utilização da modalidade comercialização virtual fazem parte das cogitações para deslanchar uma iniciativa minimizando o investimento e maximizando a divulgação da iniciativa “latexaraguaia” Brasil afora, inclusive extra-fronteiras, na busca de criar um protótipo de negocio na modalidade MVP (produto mínimo viável). E tentar associar clientes de modo rápido.

E certamente opções como as, mencionadas acima, da Lemgruber com demandas de 40 toneladas mes, a 1500 km de Nova Crixas (em Paraíba do Sul, RJ) já de por si define a opção de fornecimento de produto, num volume interessante para se iniciar um negócio.

Eu vou ficar à disposição do Eng. Gomide para dependendo da disponibilidade dele para, se nos permitir lhe fazer uma visita em latex jasmim em IPIGUA, o que certamente impactaria de muito nosso entendimento do problema.

Alias uma de minhas curiosidades mais urgentes é o custo de uma solução minimalista em termos de centrifugadora e se tiver de alguma forma como nos auxiliar a ganhar algum conhecimento sobre o assunto lhe agradeceria enormemente

atenciosamente,

Guillermo Asper
Universidade de Brasilia
61 984050154
guillermo.asper@gmail.com

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